Conflito entre ambulantes e guarda municipal termina em confusã no Centro

Durante ação para retirada de estruturas irregulares, trabalhadores denunciam truculência e prefeito David Almeida afirma que guardas foram agredidos e tráfico estaria envolvido na resistência

Uma operação realizada pela Prefeitura de Manaus nesta quinta-feira (7) terminou em confronto e revolta de vendedores ambulantes no Centro da cidade. A ação, parte do programa “Mutirão no Centro”, envolveu agentes da Guarda Municipal e da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), e teve como foco a retirada de estruturas consideradas irregulares e de alimentos em condição insalubre.

A operação se concentrou em um galpão na rua Bernardo Ramos, onde os ambulantes armazenavam seus carrinhos de venda. Durante a ação, os materiais foram apreendidos, e vídeos que circularam nas redes sociais mostraram trabalhadores tentando recuperar seus pertences, sendo contidos com violência. Uma das imagens mais chocantes mostra uma mulher sendo puxada pelas roupas, em desespero.

Ambulantes reagiram ao fechamento do galpão e bloquearam ruas com pedaços de madeira, impedindo a passagem de veículos no Terminal da Matriz. Houve gritaria, empurra-empurra e até queima de papelão como forma de protesto.

Posicionamento do prefeito

Durante entrevista ao vivo à TV Record, o prefeito David Almeida (Avante) fez um pronunciamento em tom duro. Segundo ele, três guardas municipais foram agredidos, sendo que um deles sofreu afundamento de crânio e está hospitalizado.

“Eles não saem de casa para apanhar, saem para trabalhar. Nós não vamos recuar”, disse o prefeito, que classificou a resistência como violenta e criminosa.

David ainda afirmou que o tráfico de drogas estaria por trás da organização de parte dos ambulantes e dos atos de violência.

“Há depósitos que alugam carrinhos, guardam alimentos de forma inadequada. O tráfico está por trás de muitos desses movimentos”, declarou.

O prefeito também defendeu a operação como uma medida de saúde pública, alegando que há alimentos sendo vendidos ao lado de fezes e dejetos. “Queremos que todos tenham oportunidade, mas dentro da legalidade. A prefeitura vai reagir com a força necessária, porque Manaus precisa de ordem”, finalizou.

A Prefeitura ainda não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias de truculência registradas nos vídeos.

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