Comitê de Combate à Corrupção cobra avanço na cassação de Rosinaldo Bual e vai acionar Procuradoria de Justiça do Amazonas

Após reunião com a presidência da Comissão de Ética, grupo anuncia novas medidas para pressionar a Câmara de Manaus a dar andamento ao processo contra o vereador investigado por “rachadinha”

O Comitê Amazonas de Combate à Corrupção intensificou, nesta quinta-feira (23), a articulação para que o pedido de cassação do vereador Rosinaldo Bual (Agir) avance na Câmara Municipal de Manaus. Cinco representantes do grupo se reuniram com o presidente da Comissão de Ética, vereador Joelson Silva (Avante), para discutir a tramitação do processo e os prazos para leitura da denúncia em plenário.

O comitê deve agora acionar a Procuradoria-Geral de Justiça do Amazonas, chefiada por Leda Mara Nunes de Souza, e também buscar audiência com o presidente da Câmara, David Reis (Avante), a fim de garantir que o processo político-administrativo tenha andamento célere e transparente.

O pedido de cassação foi protocolado em 6 de outubro, após a prisão preventiva de Rosinaldo Bual e de sua chefe de gabinete, determinada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Amazonas. O parlamentar é suspeito de chefiar um esquema de “rachadinha” e de lavagem de dinheiro por meio de assessores comissionados.

As investigações apontam que parte dos salários dos servidores era devolvida ao vereador, e que durante o cumprimento dos mandados o GAECO apreendeu dinheiro vivo, cheques e armas de fogo em imóveis ligados ao político.

Segundo o Comitê, as acusações configuram infrações político-administrativas graves, previstas no artigo 7º do Decreto-Lei 201/1967, e violam o artigo 72 do Regimento Interno da Câmara, que permite a qualquer cidadão denunciar vereadores por condutas incompatíveis com o mandato.

A visita à Comissão de Ética marca um novo movimento de pressão social para que a Câmara avance na apuração do caso, que vem ganhando repercussão pública desde a operação do GAECO. O Comitê defende que o Legislativo não se omita diante das evidências e que garanta “respeito à ética e à transparência na vida pública”.

“Não se trata apenas de um vereador, mas da credibilidade da Câmara Municipal de Manaus diante da sociedade”, pontuou um dos coordenadores do grupo.

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