Desabamento em restaurante do chef Fogaça mata mulher e deixa cinco feridos

Outras duas pessoas precisaram de atendimento psicológico após o ocorrido na Bela Vista, centro de SP

Uma mulher morreu e outras sete pessoas ficaram feridas após o desabamento de um mezanino do restaurante Jamile, do chef Henrique Fogaça, na tarde desta quarta-feira (8). O estabelecimento está localizado na rua 13 de Maio, região da Bela Vista, no centro de São Paulo. As causas ainda serão investigadas. A identidade da vítima ainda não foi divulgada.

A estrutura cedeu pouco antes de o restaurante abrir, ao meio-dia, quando cerca de 20 funcionários estavam no local. Um trecho da rua precisou ser interditado durante o trabalho de resgate.

A Defesa Civil interditou o imóvel após identificar risco de colapso. O CLCB (Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros) do imóvel consta como válido, e as licenças de funcionamento e sanitária estão regulares, disse a subprefeitura da Sé. Agentes que estavam no local disseram à reportagem que prédios vizinhos não foram afetados.

A mulher que morreu estava presa aos escombros e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Um homem também chegou a ficar sob a estrutura que cedeu, mas foi resgatado por volta das 15h e encaminhado ao Hospital das Clínicas. Ele tinha fraturas no corpo e estava consciente, afirmou o Corpo de Bombeiros.

Além dele, quatro pessoas foram socorridas a unidades de saúde e outras duas precisaram de atendimento psicológico.

A mulher que morreu estava presa aos escombros e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Um homem também chegou a ficar sob a estrutura que cedeu, mas foi resgatado por volta das 15h e encaminhado ao Hospital das Clínicas. Ele tinha fraturas no corpo e estava consciente, afirmou o Corpo de Bombeiros.

Além dele, quatro pessoas foram socorridas a unidades de saúde e outras duas precisaram de atendimento psicológico.

Inicialmente, o Corpo de Bombeiros havia mencionado indícios de explosão de gás, mas descartou essa hipótese posteriormente. “Não houve explosão, não houve incêndio nem vazamento”, disse o capitão Maycon Cristo, porta-voz da corporação.

Chef do Jamile, Henrique Fogaça disse nesta quarta que “manifesta sua solidariedade integral às vítimas e a seus familiares, reafirmando que sua principal preocupação neste momento é o bem-estar de todos os envolvidos e o acompanhamento da assistência necessária”.

O chef disse que está fora do país, mas que mantém contato com os responsáveis pelo restaurante. Ele afirmou que não possui participação societária e que “sua atuação se restringe à criação e assinatura do cardápio da casa, sem envolvimento na gestão administrativa ou operacional do estabelecimento”.

Em nota, o restaurante afirmou estar “inteiramente comprometido em oferecer todo o suporte necessário neste momento” e que colabora “com os órgãos públicos competentes para esclarecimento dos fatos”.

Ao todo, dez viaturas foram destacadas para atender a ocorrência, que contou também com a participação de 40 agentes do Corpo de Bombeiros. A Defesa Civil e o Samu também atuaram no resgate.

Grande estrondo

Dono do estacionamento vizinho ao restaurante, José Antônio de Lima diz ter ouvido um barulho forte. “Eu estava no estacionamento e ouvi um estrondo. Quando olhei na porta [do restaurante], tinha caído o teto inteiro. E o pessoal tudo correndo para fora, desesperado.”

Após o desabamento, funcionários do restaurante se espalharam pela rua 13 de Maio. Estavam assustados e evitavam falar do acidente. Uma trabalhadora, de uniforme, foi acolhida em um restaurante próximo, aos prantos.

Uma das vítimas socorridas, Josefa Maria ligou da ambulância para a irmã Helena dizendo que o teto havia desabado. “Ela está bem, mas disse que ficou muito machucada”, afirmou Helena, que foi até o restaurante para buscar documentos da irmã.

Cleoneide Bittencourt estava em frente à Escola Estadual Maria José, a duas quadras de distância do local do acidente, quando notou grande movimentação na 13 de Maio. “Começaram a gritar que havia explodido o restaurante e fui ver o que aconteceu”, afirmou.

Nivaldo Ramos, manobrista de um estacionamento ao lado, relatou que vizinhos demoraram a entender o ocorrido até que notaram pessoas saindo machucadas de dentro do restaurante.

Aberto em 2015, o Jamile está num prédio de três andares e foi reformado na época da inauguração. A cozinha estava no segundo andar, que divide espaço também com depósito e área administrativa. A parte arquitetônica era apontada como um dos diferenciais do local, com tijolos à mostra e grandes áreas envidraçadas. A decoração conta com objetos garimpados pelos sócios ao redor do mundo.

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