“Não podemos fingir que nada aconteceu”, diz Rodrigo Guedes sobre silêncio da Câmara no caso Rosinaldo Bual

Bual está preso desde o dia 3 de outubro e afastado do cargo na CMM. Apesar disso ainda tem direito ao salário de R$ 26 mil

O vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) voltou a cobrar da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta segunda-feira (20/10), uma posição sobre a prisão do vereador Rosinaldo Bual (Agir), acusado de integrar um esquema de “rachadinha”.
Durante a sessão plenária, Guedes criticou a falta de andamento do pedido de cassação protocolado pelo Comitê Amazonas de Combate à Corrupção, e acusou a Mesa Diretora de descumprir o Regimento Interno da Casa.
“O regimento estabelece que, ao receber a denúncia, o presidente deve ler o documento em plenário e consultar os vereadores sobre o recebimento. Isso não é opcional. Está sendo ignorado”, afirmou.
Para Guedes, o caso representa um teste de transparência para o Parlamento municipal.
“Não podemos fingir que não houve essa representação. A sociedade quer saber se o Legislativo vai agir ou se vai se omitir”, disse.
O presidente da sessão, Jander Lobato, respondeu que a Mesa “está se debruçando sobre o tema” e prometeu uma resposta “em breve”.
O pedido de cassação, protocolado no dia 6 de outubro, foi motivado pela prisão preventiva de Bual e de sua chefe de gabinete, durante operação do Gaeco/MP-AM, que apura desvio de salários de assessores e uso de recursos públicos em agiotagem.
Mesmo afastado por 120 dias das funções parlamentares, Bual segue recebendo o salário de vereador, o que também foi alvo de críticas.
“A Câmara precisa se posicionar. A omissão enfraquece a própria instituição”, concluiu Guedes.

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