PF desarticula núcleo de facção criminosa que atua no AM
Principais alvos de operação nesta segunda-feira (6/10) são os líderes do Comando Vermelho no Amazonas

A Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal, foi deflagrada na amnhã desta segunda-feira (6/10) e tem o objetivo desarticular o principal núcleo de comando do crime organizado no Amazonas. A ação ocorreu nesta manhã e até a última atualização desta reportagem, três pessoas haviam sido presas, sendo uma delas a esposa do chefe de uma facção criminosa que atua no Estado.
Segundo o g1 apurou, os principais alvos são os chefes do Comando Vermelho no Amazonas e o responsável pela lavagem de dinheiro por meio de fintech. A Operação ocorreu foi uma ação integrada entre a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/AM) em Manaus e a do Guarujá (SP).
Além das prisões, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e determinado o sequestro de bens que somam R$ 122 milhões. Os nomes dos presos não foram divulgados, mas segundo a Polícia Federal, eles ocupavam posições estratégicas na estrutura financeira do grupo criminoso.
A Polícia Federal prendeu a esposa de um homem apontado como chefe do Comando Vermelho. Os agentes também apreenderam bens de luxo na casa da mulher.
As investigações apontam que o grupo operava um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, utilizando fintechs, empresas de fachada e estruturas paralelas de pagamento. As transações eram realizadas por meio de aplicativos, o que dificultava a fiscalização pelos bancos tradicionais.
Segundo a PF, mais de R$ 122 milhões teriam circulado por essa rede clandestina. Parte dos valores foi convertida em criptoativos e enviada ao exterior, especialmente para a Colômbia, como forma de pagamento a fornecedores de drogas.
A operação contou com apoio da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (SEAI/AM), que forneceu informações estratégicas para localizar os alvos. Também houve cooperação com autoridades policiais colombianas.
A Operação Xeque-Mate é um desdobramento das operações Torre 1, 2, 3 e 4, que já vinham investigando o grupo há meses.
