Sete servidores públicos são afastados durante operação Metástase, do MPAM
Foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em Manaus e em Joinville (SC), além de três prisões preventivas.

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) deflagrou nesta quinta-feira (16) a Operação Metástase, segunda fase da Operação Jogo Marcado, para desarticular um esquema de corrupção e fraudes em licitações dentro da rede estadual de saúde. Sete servidores foram afastados, contratos suspensos e bens bloqueados em mais de R$ 1 milhão.
A nova etapa recebeu o nome “Metástase” porque, segundo o MP, o mesmo modo de operação identificado na primeira fase se espalhou para outras unidades de saúde, atingindo maternidades e centros de atendimento em Manaus.
As investigações apuram fraude a licitação, corrupção, lavagem de dinheiro, peculato e associação criminosa. Foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em Manaus e em Joinville (SC), além de três prisões preventivas. A ação reuniu 120 servidores, incluindo técnicos da Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo o promotor Edinaldo Aquino Medeiros, da 77ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, o esquema envolvia uma família que controlava várias empresas e combinava valores com servidores públicos.
“O nome da operação traduz a forma como o esquema se ramificou. Encontramos irregularidades que se estendiam para diferentes unidades, e o afastamento foi necessário para conter o avanço dessas práticas”, afirmou o promotor.
Entre as unidades citadas estão a Maternidade Balbina Mestrinho, a Maternidade Dona Nazira Daou e a FCECON. O MP também informou a apreensão de um cofre lacrado, cujo conteúdo ainda será analisado.
As investigações apontam que as empresas superfaturavam contratos e deixavam de entregar insumos, desviando recursos que deveriam garantir o funcionamento de maternidades e prontos-atendimentos da capital.
Para o MP, a prática impactou diretamente o atendimento à população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Não se trata de um fato isolado, mas de uma sequência de irregularidades. Quando encontramos materiais indevidos na casa de servidores, é nosso dever apurar e responsabilizar”, concluiu o promotor.
