Vereador preso por rachadinha é afastado do cargo por 120 dias, em Manaus
Decisão é da Justiça Amazonense

A Justiça determinou o afastamento temporário, por 120 dias, do vereador Rosinaldo Bual (Agir). A medida ocorreu após ele ser detido na manhã desta sexta-feira (30) durante a Operação Face Oculta, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPAM. O parlamentar é suspeito de envolvimento em um esquema de ‘rachadinha’ na Câmara Municipal de Manaus, e o prazo de 4 meses é o estimado para a conclusão da investigação.
As apurações do Gaeco indicam que Bual coagia servidores comissionados a restituir metade dos seus vencimentos. Para facilitar a fraude, ele mantinha um quadro de 40 a 50 assessores nomeados, um número muito superior à demanda real do gabinete, incluindo indivíduos que não exerciam funções públicas adequadas. O dinheiro desviado era administrado por assessores de confiança do vereador e dissimulado por meio de movimentações financeiras suspeitas.
Durante a operação, agentes apreenderam computadores, celulares e notebooks na residência e no gabinete de Rosinaldo Bual, além de terem solicitado a quebra de seus sigilos bancário e telemático. Diante da recusa do vereador em fornecer as senhas, três cofres foram abertos com o auxílio do Corpo de Bombeiros. Em um deles, foram encontrados R$390 mil em dinheiro, além de dois cheques totalizando mais de R$500 mil e diversos documentos, como passaportes. O promotor Leonardo Tupinambá do Valle, chefe do Gaeco, informou que a denúncia deve ser formalizada na Justiça já na próxima semana.
Opção 2 (Ênfase na Operação e nos Detalhes da Fraude)
O vereador Rosinaldo Bual (Agir) foi removido do cargo por decisão judicial e ficará 120 dias afastado. Ele foi preso nesta sexta-feira (30) como parte da Operação Face Oculta, uma ação do Gaeco (MPAM) que investiga a prática de ‘rachadinha’ na Câmara Municipal de Manaus. O período de 4 meses é a previsão para finalizar a investigação.
O cerne da investigação do Gaeco é a obrigatoriedade imposta pelo vereador para que seus assessores comissionados devolvessem 50% dos salários. Para concretizar o desvio, Rosinaldo mantinha um número inflado de 40 a 50 assessores — muito acima do necessário — e empregava pessoas que nem sequer desempenhavam funções compatíveis com os cargos. Esse dinheiro, de acordo com o Gaeco, era gerido por assessores próximos e escondido através de transações financeiras atípicas.
Mandados de busca e apreensão resultaram na coleta de computadores, celulares e notebooks na casa e no escritório de Bual, além da determinação de quebras de sigilos. A resistência do vereador em fornecer as senhas levou à abertura forçada de três cofres pelos Bombeiros. O conteúdo de um deles revelou R$390 mil em espécie, dois cheques que ultrapassam R$550 mil e documentos, incluindo passaportes. O promotor Leonardo Tupinambá do Valle revelou que a denúncia será apresentada na semana seguinte, explicando que o dinheiro era triangulado por 4 a 5 pessoas da equipe antes de beneficiar o parlamentar.
