Em votação polêmica, David Reis dispensa painel eletrônico na CMM

Clima de insatisfação foi forte entre vereadores

A votação do projeto que autoriza a reforma da previdência dos servidores municipais em Manaus, nesta quarta-feira (5/11), expôs mais uma vez a resistência da Câmara Municipal de Manaus (CMM) em utilizar o painel eletrônico de votações. O presidente da Casa, David Reis (Avante), negou o pedido de conferência digital dos votos, feito pelos vereadores Zé Ricardo (PT) e Amauri Gomes (UB), sob a justificativa de que não havia necessidade. “Não é necessário porque não há dúvida. Já declinei os que não votaram a favor e, automaticamente, os outros votaram a favor”, afirmou Reis.

O painel eletrônico, instalado em 2019 ao custo de R$ 630 mil, foi apresentado à época como símbolo de modernização e controle público das decisões legislativas. No entanto, passados mais de cinco anos, o sistema permanece subutilizado.

Discussões

A decisão gerou desconforto entre os parlamentares. “Cite o nome dos que votaram a favor. Isso é um direito nosso e da população. É necessário transparência”, reagiu Zé Ricardo. Amauri Gomes também criticou a recusa: “Se o painel não tem serventia, é melhor retirar daí, já que não atende uma simples reivindicação”.

O clima de insatisfação se estendeu a outros vereadores. Rodrigo Guedes (Progressistas) citou o Regimento Interno da Casa, que determina a utilização do painel para registro de votação nominal.

Artigo do regimento apresentado pelo vereador Rodrigo Guedes | Foto: reprodução/CMM

Mesmo assim, David Reis encerrou o debate afirmando que não poderia “fazer juízo de valor” sobre quem estava presente no plenário no momento da votação, mantendo a decisão de dispensar o uso do sistema eletrônico.

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